No Tempo das Saúvas

Imagem: Briton Rivière



Água da chuva que caía do telhado
Na velha caneca de alumínio
Que eu bebia sem me preocupar...
Água da chuva com gosto de vida
Do tempo que eu não sabia sobre os medos,
Ainda imune às dores da existência.
Tempo em que as tristezas estavam dormentes
E viver não tinha tanto pesar
Tempo que passou, substituído por angústia e agonia
Que só me permite hoje sentir uma imensa nostalgia
Pelos dias de outrora, que se tornaram melancolia.
Hoje indiferente e vazio é quase impossível ter alegria
Os sonhos que habitavam o coração juvenil
Transformaram-se em utopia
As dores da existência são reais
E eu, destituído de sentido
Vivo apenas mais um dia.

Roberto Codax
30/04/2017

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Sobre o autor

“Escrevo pela simples necessidade de sentir meus próprios sentimentos e ouvir meus pensamentos que vagam sem ressonância neste mundo de surdos. Eu escrevo pra tentar compreender a mim mesmo, não para responder questões às quais nunca saberei a resposta.(Roberto Codax)

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