Transitoriedade


Transitoriedade

Ó velha folha, por que lamentas tua queda inevitável,
Conhecendo o fim te manténs inconsolável,
Não percebes que teu ocaso faz parte do plano
E que resistir é cometer ledo engano?

A primavera já passou, o verão e o inverno inexorável
Ignorastes o que viu apegando-te ao impalpável
Mantivestes a esperança inútil que venceria o destino arcano
Não percebeu que como tu outras mil desvanecem todo ano.

Por teu egoísmo desprezastes a transitoriedade
O desejo de manter-se levou de ti a felicidade
E inconsolada amaldiçoa teu destino

Desconhece que a vida de verdade
É efêmera e sem durabilidade
Companheira do tempo peregrino.

Sobre o autor

“Escrevo pela simples necessidade de sentir meus próprios sentimentos e ouvir meus pensamentos que vagam sem ressonância neste mundo de surdos. Eu escrevo pra tentar compreender a mim mesmo, não para responder questões às quais nunca saberei a resposta.(Roberto Codax)

Roberto Codax. Tecnologia do Blogger.