Moinhos de Vento





Novamente acordo em meio à noite
Acossado por essa lucidez involuntária...
Meus dois únicos amigos; meus braços,
Hoje não podem me aquecer.
Queria estar dormindo­, quem sabe
Sonhasse com os áureos tempos de minha infância?
Tempos não tão hostis quanto os d’agora.
Porém mascarados pela venda da inocência
Que fora usurpada de mim
Quando o mundo cobrou-me consciência.
Volto a nutrir grande desdém pelo mundo,
Enfureço- em vão e ao final percebo
Que venho sendo nada mais que um Dom Quixote
Lutando contra meus moinhos de vento.



Madrugada De 21/09/2011
 

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Sobre o autor

“Escrevo pela simples necessidade de sentir meus próprios sentimentos e ouvir meus pensamentos que vagam sem ressonância neste mundo de surdos. Eu escrevo pra tentar compreender a mim mesmo, não para responder questões às quais nunca saberei a resposta.(Roberto Codax)

Roberto Codax. Tecnologia do Blogger.