Riscos aleatórios



Tenho andado por aí sem rumo em busca de uma felicidade que nunca me pertenceu. Tenho estado confuso a me perguntar onde estará esta felicidade que tanto busco. Será que ela existe realmente ou não passa mais de uma fábula com que nos iludem desde a infância?
A felicidade talvez seja algo que não encontramos pronta, mas que podemos construir. Mas, também sinto que esta felicidade pode ser tão frágil quanto um castelo de cartas que desmorona com a mais leve brisa.
Nessas minhas andanças a esmo tenho encontrado pessoas destituídas de tudo, menos da vontade de viver. Tenho visto pessoas sem perna e sem braço mais completas do que eu. Afinal o que me aflige? É esta ânsia de ser tudo agora não sendo nada ou a frustração de ser nada pensando que seria tudo?

Brevidade




Tento me encontrar naquilo que me perco.
Estou perdido naquilo que me acho.
Hoje sei que nada acho
E que tudo me acha até quando estou perdido.
Da concretude da vida me afogo no abstrato
Percebo que não sou nada… Não passo de um ser efêmero.
Por pensar ser sábio me descobri tolo
E por ser tolo não me cabe conjeturas complexas.
E em meio a um mundo de razões deturpáveis
A Cada dia me vejo perplexo.
Não sou nada além do que a vida me permitiu ser.
Não serei nada sendo tudo nesta vida
Até que esta casca a qual chamo corpo fenecer.

Liberdade!?




Você não quis se envolver, mas não teve jeito
E quando percebeu estava totalmente imersa.
Diz que não quer se prender a ninguém,
No entanto não me liberta.

Não percebe que não sei mais ser livre, apenas abre a gaiola
E espera que eu saia para uma falsa liberdade.
Porém logo você chama por mim e me dá carinho,
Fazendo-me pensar ser esse o meu lugar.

Você não cortou as minhas asas, não precisou,
Você sabe que os caminhos por onde eu voo
Sempre me levam de volta pra você.
Mas, quando você se cansar?

O que farei quando voltar de um voo e a minha gaiola estiver fechada
E eu me debatendo para entrar quebrar as minhas asas.
Pra onde voarei... Você cuidará dos meus ferimentos?
Cuidará...  Ou estará ocupada em prender-se a ninguém?

Sobre o autor

“Escrevo pela simples necessidade de sentir meus próprios sentimentos e ouvir meus pensamentos que vagam sem ressonância neste mundo de surdos. Eu escrevo pra tentar compreender a mim mesmo, não para responder questões às quais nunca saberei a resposta.(Roberto Codax)

Roberto Codax. Tecnologia do Blogger.