SEPPUKU (O ULTIMO POEMA DO SAMURAI)





Não serei para ti um fardo pesado,

Nem permitirei que se ponham contra mim.

Pai... Veja como eu sangro!


As minhas escolhas levaram-me a perambular

Num labirinto de espinhos...

Todos estes anos eu estive perdido.


Minhas vestes brancas estão vermelhas,

Porém meus punhos e tornozelos

Não serão por grilhões feridos.

Lutei a vida toda em nome da honra

E hoje por meu orgulho fui vencido...


Eu não descansarei em campos floridos

Serei jogado em terreno incerto...

Lá onde as cadelas vorazes dilaceram os pródigos

E as arvores sangram e choram o pranto dos suicidas.


Pai eu estou sangrando... Pai eu estou ferido!

E logo os meus inimigos irão me encontrar,

Não deixarei que me tomem prisioneiro

Eles não conseguirão me escravizar.


A espada que um dia me salvou

Será a arma que irá me sentenciar.

Adeus ó amigos... Adeus ó pátria

O teu filho a ti não retornará

(Seppuku)

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Sobre o autor

“Escrevo pela simples necessidade de sentir meus próprios sentimentos e ouvir meus pensamentos que vagam sem ressonância neste mundo de surdos. Eu escrevo pra tentar compreender a mim mesmo, não para responder questões às quais nunca saberei a resposta.(Roberto Codax)

Roberto Codax. Tecnologia do Blogger.